O IMPOSTOR QUE VIVE EM MIM_Brennan Manning

"Minha jornada me ensinou que apenas quando me sinto seguro com Deus é que realmente me sinto seguro comigo mesmo (...) A decisão de sair do esconderijo é um rito de iniciação ao ministério terapêutico de Jesus Cristo. Isso proporciona gratificação pessoal. Permanecemos na verdade que nos liberta e viveremos na Realidade que nos faz plenos."


"Sentir-me seguro é parar de viver na mente e mergulhar fundo no coração, sentir afeto e aceitação [...] sem ter mais de me esconder e distrair com livros, televisão, filmes, sorvetes, conversas superficiais [...] ficar no momento presente, sem fugir para o passado ou me projetar para o futuro, alerta e prestando atenção no agora [...] sentir-me sereno, sem nervosismo ou inquietação [...] sem necessidade de impressionar ou encantar os outros, ou chamar a atenção para mim [...] sem constrangimento, uma nova forma de estar comigo mesmo, de estar no mundo [...] calmo, sem medo, sem ansiedade a respeito do que acontecerá em seguida [...] amado e valorizado [...] apenas a plenitude como finalidade. "


Um livro tão diferente que despertou novamente a necessidade de ter que registrar  a experiência, o aprendizado e resumir a preciosidade encontrada nessas páginas amareladas e com cheiro de página de livro novo (eu cheiro os meus livros). Se fosse só pra ficar copiando os trechos dessa obra aqui seria suficiente. 

Percebi que em 2016 só fiz um registro, apesar de ter comprado tantos livros. Somente um foi demais (DEMENOS) mesmo para o ano de 2016 (dispensa comentários) - um ano de pouca leitura e inspiração - li o Zelota, Filosofia para Corajosos, Você vai sair dessa... Deixando 2016, segue a inauguração de 2017, cheio de aprendizado, de novidade e de vida em forma de livros. Podemos dizer que já existem duas Brunas, uma antes e outra depois, ou quem sabe, uma impostora e uma verdadeira, a Paloma e a Paulina

O confronto é imenso e cada vez mais necessário. É como se uma cortina caísse e verdades aparecessem. Há quem diga que nos tempos atuais não é nem ouro, nem petróleo que valem mais, e sim a saúde mental. Sacrificar a identidade, a essência de quem somos com o tempo é muito comum... o estresse, a correria, as milhares de atividades sem fim.  Pensando bem, é possível sermos autênticos nessa sociedade que obriga e impõe os comportamentos, a forma de pensar e de ser igual a todo mundo? Seguir no caminho apontado por Brennan e perceber quem de fato sou é uma longa e necessária jornada. O Impostor que Vive em Mim conduz o leitor na buscar e conscientização da realidade de sermos filhos de Deus, trazendo de volta a identidade que por tanto tempo e por todos é destruída, a identidade mais coerente que devemos ter a nosso respeito, aquilo que fomos criados para ser. 

Não é fácil, nem rápido se encontrar, identificar aonde está o eu verdadeiro. Em tempos de instagram, de vida perfeita, de felicidade extrema com qualquer banalidade, de corpos sarados e comida fitness, de seres super-poderosos que trabalham do nosso lado e estão na terceira sequência da série na academia enquanto você ainda nem levantou da cama.Em tempos de facebook de snap, vc ver tudo de tod mundo... todos publicam o menu do almoço e o "bom dia" das crianças é do interesse de todos. Ler um livro assim faz um bem tão grande. 


Somos levados a uma profundidade envolvente e tão necessária e cada página passa tão misteriosamente rápida.... Como é que eu tenho 28 anos e nunca tinha lido esse livro, escrito em 2004? Fala sobre ternura, sobre compaixão, sobre ser filha da Deus. Sobre não julgar os outros, aliás, os filhos e filhas de Deus são aquelas pessoas que mais evitam julgar os outros. Fala sobre aquilo que de fato importa, que faz o cotidiano ter sentido, traz a verdade central da minha existência atona - minha identidade como FILHA DE DEUS, sobre me tornar amada. Sobre integridade, sobre o que está errado conosco. Sobre a tranquilidade, sobre presença de Deus e a consciência dEla. Livro Perfeito, único, extraordinário. 

"O fariseu (...) além de controlar o mundo que lhe cerca, está distanciado da criança interior. Ele se torna uma pessoa terrível quando um subordinado rouba a cena; cínica quando recebe comentários negativos; paranoica quando ameaçada; preocupada quando se sente ansiosa; hesitante quando desafiada; e louca quando derrotada. O impostor, enredado no jogo de poder leva uma vida vazia, com grande evidências exteriores de sucesso,  embora seja infeliz, sem afeto e oprimido pela ansiedade por dentro (...). 

O "eu" verdadeiro é capaz de preservar a inocência infantil por meio da consciência inabalável a respeito da essência de sua identidade e da recusa firme em ser intimidado e contaminado pelos semelhantes...

                              ... cujas vidas são gastas não em viver, mas em cortejar os aplausos e                                   admiração; não na alegria de ser quem se é, mas na comparação e na                                 competição neurótica, lutando por coisas vazias chamadas 'sucesso' e '                                 fama', mesmo se puderem ser alcançadas apenas às custas da derrota,                                da humilhação e da destruição do próximo."



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